Você sabe como surgiu o nome América? O nome do continente aparece pela primeira vez em um mapa comprado pelo congresso norte-americano por uma transação milionária. O que o torna tão valioso? Confira nesta postagem.

Mapa de Waldseemuller

Mapa de Waldseemuller – Clique para Ampliar

– Criado pelo cartógrafo alemão Martin Waldseemüller, em 1507, o mapa é considerado a certidão de nascimento da América, pois foi o primeiro mapa a dar nome ao novo continente, “descoberto” durante a chamada Expansão Marítima.

– O mapa de Waldseemüller possui 2,3 metros de largura por 1,20 metro de altura, e é composto por 12 painéis.

– Martin Waldseemüller (1475-1522) foi um humanista e cartógrafo alemão, cônego em St-Dié, que devotou a sua vida ao estudo geográfico e cartográfico.

– Além de ser o primeiro planisfério a utilizar a palavra “América” para designar o novo continente, o mapa retrata integral e separadamente o hemisfério ocidental, com uma precisão que surpreende ainda hoje os especialistas.

– O mapa também representa, na parte oeste do continente, as águas do Oceano Pacífico (Mar del Sur), que só foi descoberto em 1513, pelo navegador espanhol Vasco Núñez de Balboa.

Gravura do matemático Cláudio Ptolomeu

Gravura de Cláudio Ptolomeu

– No alto do mapa, o autor homenageou o maior astrônomo da Antiguidade, Cláudio Ptolomeu (visto à esquerda) e o navegador Américo Vespúcio (à direita), cujas informações permitiram detalhar o hemisfério ocidental, e que assim daria seu nome ao novo continente.

– O mapa mostra o litoral brasileiro do Nordeste até o trópico de Capricórnio, inclusive um topônimo – pagus s. pauli – como referência o litoral sudeste.

– Em trabalhos posteriores, o cartógrafo deixou de lado o nome América para utilizar a expressão “Terra Incognita”. Só depois de 1520, América passou a ser adotada oficialmente pelos cartógrafos.

– Entre 500 e mil exemplares foram editados na época, só restou esse, descoberto em 1901 e conservado pela família do príncipe alemão Johannes Waldburg-Wolfegg.

– Em 2003, Waldburg-Wolfegg vendeu o exemplar para a Biblioteca do Congresso, em Washington, por 10 milhões de dólares – o valor mais alto pago pela instituição por um documento.