Vamos seguindo nossa análise do Enem, baseado em dados estatísticos das questões de história de 1998 a 2011. Desta vez, vamos conhecer as competências mais cobradas e de que forma esta informação vai ajudá-lo a ter diferencial e estar mais preparado para as provas que se aproximam.

Nesta caminhada, já escrevemos alguns artigos legais. Não deixe de fazer a leitura, com muita calma e atenção.

 Para começar, é legal ter uma noção do que significa o termo COMPETÊNCIA. A professora Lenise Garcia, em excelente artigo sobre o assunto, diz que competência implica uma mobilização dos conhecimentos e esquemas que se possui para desenvolver respostas inéditas, criativas, eficazes para problemas novos.

Considerando que a proposta do Enem é ser uma prova sócio-educativa, o conteúdo presente na matriz de referência é apenas uma forma de desenvolver estas competências, através da mobilização de conhecimentos para resolver os problemas apresentados nas questões.

Na área de Ciências Humanas – em particular, na parte de História – isto é muito evidente: além de conhecer o conteúdo a fundo, o candidato deve, também, saber aplicá-lo. Aqui no [História Digital], vamos orientá-lo na melhor forma de fazer isto e obter o sucesso desejado.

Competências

Como já fizemos no post anterior, vamos comparar dois períodos do Enem: aquele que vai de 1998 a 2011 e aquele que vai de 2009 a 2011 (novo Enem). Para reconhecer as competências apresentadas nos gráficos, leia este artigo.

Gráfico de Competência do Enem, de 1998 a 2011

O gráfico mostra que, considerando o início do Enem, em 1998, até a última edição, de 2011, há um equilíbrio tanto nas competências mais cobradas (Competência 1 e 3) como naquelas menos cobradas (Competência 2, 4 e 5).

Porém, há uma grande diferença quantitativa entre as mais cobradas e as menos cobradas. E, neste caso, a competência 1: compreender os elementos culturais que constituem as identidades foi a competência mais cobrada, de maneira geral.

Gráfico de competências do Enem, de 2009 a 2011

Considerando a proposta do novo Enem, a partir de 2009, a situação sofre uma mudança radical. A abordagem na memória, cultural e patrimônio cultural – presentes na Competência 1 – perde espaço. A Competência 2, 4 e 5 permanecem em um patamar muito parecido.

O destaque, com impressionantes 34% do total de questões, fica com a competência 3: compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.

Vale destacar que a pequena porcentagem da Competência 6 – tanto no primeiro quanto no segundo gráfico – pode ser justificada pelo fato de que, no geral, as habilidades presentes nesta competência remetem a um conhecimento mais geográfico do que, necessariamente, histórico.

Conclusão

Os gráficos mostram que não há um equílibro na cobrança de competências do Enem. A predominância da Competência 3 pode ser explicada pelo fato de que aborda as práticas dos grupos sociais, a atuação dos movimentos sociais e os mais variados conflitos no decorrer da história.

Nos próximos artigos, pretendo apresentar quais as habilidades mais cobradas, assim como o enfoque que deve ser dado aos conteúdos de história exigidos pelo Enem. Por ora, DEVOREM as habilidades presentes na Competência 3, a mais cobrada no Enem:

Competência de área 3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.

H11 – Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
H12 – Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.
H13 – Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.
H14 – Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.
H15 – Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.