Neste resumo, você vai conhecer sobre a organização política no Segundo Reinado e o governo de D. Pedro II, assim como as relações diplomáticas entre o Brasil e outros países. Ao terminar de ler, confira outros recursos para você aprender mais, como videoaulas, questões, mapas mentais, dentre outros

Antecedentes

Segundo Reinado foi o período em que o Brasil foi governado por D. Pedro II, de 1840 a 1889.No fim do Período Regencial, muitas revoltas ameaçavam a unidade territorial do país. Alguns grupos políticos consideravam que apenas Pedro de Alcântara poderia conter estas revoltas.

No entanto, ele tinha 14 anos, e a Constituição permitia ao rei governar somente com 18 anos. Para resolver este problema, foi feita uma alteração na Constituição, declarando a maioridade de Pedro de Alcântara, que recebeu o título de D. Pedro II.

Esta alteração na Constituição é denominada Golpe da Maioridade. Inicia-se, assim, o Segundo Reinado, em 1840. Neste resumo, vamos aprender como foi a política interna e externa neste período.

Grupos políticos

Os grupos políticos que predominaram, no Segundo Reinado, foram os Liberais e Conservadores. Na teoria, Liberal significa aquele que busca mudanças significativas no país, nos aspectos políticos, sociais e econômicos.

Conservador, por sua vez, significa aquele que não deseja mudanças profundas, preferindo manter as coisas como estão. No entanto, na prática, Liberais e Conservadores tinham muito em comum, pois pertenciam a grupos da elite brasileira, e geralmente eram fazendeiros e donos de escravos.

Por este motivo, se diz que eram “farinha do mesmo saco”, ou seja, não havia muita diferença entre eles.

Parlamentarismo às avessas

Para agradar aos grupos políticos durante seu governo, D. Pedro II aceitou reduzir o seu poder, adotando o Parlamentarismo, em 1847.O Parlamentarismo é um sistema de governo, caracterizado por concentrar o poder executivo nas mãos de um primeiro-ministro.

O Brasil procurou imitar o modelo parlamentarista inglês. Porém, o Poder Moderador ainda mantinha o controle político nas mãos de D. Pedro II. Assim, o modelo parlamentarista brasileiro foi chamado de “Parlamentarismo às avessas”, pois foi o contrário do modelo inglês.

Revolução Praieira

A Revolução Praieira pode ser considerada uma extensão dos conflitos que aconteceram no Período Regencial. Seu nome deriva da rua da Praia, onde se concentrava o jornal Diário Novo, principal apoiador da revolta. Ocorreu na província de Pernambuco, de 1848 a 1850. Foi uma revolta de caráter popular, liberal e separatista. Liderados por Pedro Ivo Veloso, os praieiros foram derrotados pelas tropas do imperador, em 1850.

Dentre as causas da revolta, podemos destacar o descontentamento dos políticos liberais diante do presidente conservador nomeado para a província. Além disso, a população se revoltava contra a família Cavalcanti, que era do partido conservador e concentrava a maior parte das terras.

O povo também não aprovava o controle do comércio pelos portugueses e defendia o fim do Império e a implantação de uma República, de acordo com as ideias liberais iluministas.

Questão Christie

A Questão Christie foi um problema diplomático, entre o Brasil e Inglaterra, que ocorreu de 1862 a 1865.Em 1862, alguns marinheiros ingleses foram detidos na cidade do Rio de Janeiro, por motivos de embriaguez e arruaças na rua. Devido a esta prisão, o embaixador inglês William Christie exigiu pedido de desculpas, por parte do governo brasileiro.

Além disto, exigiu indenização pelo naufrágio de um navio cargueiro inglês, Prince of Wales, na costa do Rio Grande do Sul. Sob protestos, o governo brasileiro pagou o custo da carga. No entanto, em 1863, uma esquadra de guerra inglesa procedeu ao apresamento de cinco navios mercantes brasileiros. D. Pedro II exigiu indenização e desculpas pela violação do território nacional.

Diante da recusa inglesa, o Brasil cortou relações diplomáticas com a Inglaterra, neste mesmo ano. Estas relações foram reatadas quando, em 1865, a Inglaterra pediu desculpas ao governo brasileiro.

Guerra do Paraguai

A Guerra do Paraguai, que ocorreu de 1864 a 1870, é considerada o maior conflito armado da América do Sul. Envolveu o Paraguai, governado por Solano López, contra a denominada Tríplice Aliança, composta por Brasil, Argentina e Uruguai. A guerra ocorreu devido a uma série de interesses entre os países envolvidos. O Paraguai, em 1862, era praticamente autossuficiente. Como não tinha saída para o mar, desejava ampliar seu território para vender seus produtos.

Este aumento de território tinha, como objetivo, a conquista de uma importante rota fluvial, o rio Paraná, cujo controle também era interesse do Brasil. A Argentina, por sua vez, não só desejava frear os interesses expansionistas do Paraguai, como também desejava parte do território paraguaio.

Fim da guerra

A Inglaterra tinha interesse em abrir o mercado paraguaio aos seus produtos industrializados. Assim, apoiou a Tríplice Aliança.Com dinheiro emprestado da Inglaterra, a guerra teve início, com prejuízos reais a todos os envolvidos diretos. Em 1870, com a morte de Solano López, o Paraguai foi derrotado.

Brasil e Argentina tiveram grandes dívidas com a guerra, assim como baixa de muitos soldados. A Inglaterra, por sua vez, teve lucros. O Paraguai contabilizou 600 mil mortos, perdeu grande quantidade do seu território, e ainda teve que pagar indenização aos vencedores.