Neste resumo, você vai conhecer mais sobre os persas, sua cultura e como era a sua organização social, política, o surgimento da religião dualista e o impacto desta civilização sobre outras regiões. Ao terminar de ler, confira outros recursos para você aprender mais, como videoaulas, questões, mapas mentais, dentre outros
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Antecedentes
A Antiga Pérsia ficava localizada no planalto do Irã, região montanhosa e desértica, situada a leste do Crescente Fértil. Foi povoada pelos medos e persas. Até o séc. VI a.C., os medos dominavam os persas. No entanto, em 550 a.C., o persa Ciro venceu os medos e fundou o Império Persa.
Ciro conquistou um grande território, que compreendia a Ásia Menor e toda a Mesopotâmia. Os domínios persas foram ampliados ainda por Cambises, que conquistou o Egito em 525 a.C., na Batalha de Peleusa; e Dario I, que dominou a Ásia até o vale do Rio Indo e também uma pequena parte da Europa.
Dario tentou conquistar a Grécia, mas foi derrotado. Também seu sucessor, Xerxes, foi vencido pelos gregos. O Império Persa acabou sendo conquistado, em 330 a.C., por Alexandre, o Grande. Os povos dominados pelos persas podiam conservar seus costumes, suas leis, sua religião e sua língua. Eram obrigados, porém, a pagar tributos e servir ao exército persa.
As satrápias
Devido ao tamanho do território persa, Dario I empreendeu, durante seu governo, uma reforma administrativa. Os domínios persas foram divididos em Satrápias. Cada Satrápia era governado por um Sátrapa, que organizava a arrecadação de impostos e contava com um secretário-geral e um comandante militar.
Para facilitar a cobrança de impostos, Dario criou uma moeda única, chamada dárico. Além disso, criou um eficiente sistema de estradas ligando as Satrápias. Para fiscalizar a arrecadação de impostos de cada Satrápia, havia um grupo de funcionários conhecidos como “olhos e ouvidos do rei”. Essas ações garantiram o desenvolvimento da economia baseada no comércio entre as várias cidades englobadas pelo império persa.
Religião
A religião persa, no início, era caracterizada pelo politeísmo. Porém, nos séculos VII a.C. e VI a.C., um profeta chamado Zoroastro criou as bases de uma nova religião na Pérsia. De acordo com Zoroastro, a posição religiosa de um indivíduo dependia da escolha entre o bem e o mal. Isto é chamado de dualismo religioso.
Assim, o bem e a sabedoria eram representados pelo deus Ormuz, enquanto o mal e as trevas eram representados pelo deus Arimã. Desta forma, o dever dos homens era o de praticar o bem e a justiça, para a vitória final de Ormuz. As ideias de Zoroastro podem ter influenciado o cristianismo e o islamismo. As bases do zoroastrismo foram incluídas no livro religioso chamado Zend Avesta.
Legado cultural
As manifestações artísticas persas foram influenciadas pela política. Assim, em várias obras, monumentos e outras construções, há reproduções que homenageiam a vida e os importantes feitos dos reis.
No campo arquitetônico, os palácios persas eram dotados por uma complexa gama de elementos de decoração e jardinagem. Os persas construíram alguns de seus palácios através da escavação de grandes rochas.
Há estudos que apontam Zoroastro ser mais antigo do que se pensava. Acredita-se que tenha vivido no séc. XIX a.C, mas nunca provaram, apenas há indícios em Montes e cavernas com alguns traços de sua religião dualista. No reino de Elã, região homônima, no sudeste da Pérsia, próxima relativamente as cidades sumerianas de Ur, Acad etc, os elamitas desenvolveram antes dos medos e persas uma importante civilização que muitos historiadores não deram a devida importância. Talvez por considerarem parte da civilização acadiana, por terem sido conquistados por povos do Crescente Fértil. Creio que essa civilização tenha dado as bases administrattivas, políticas e religiosas ao Império Persa, durante as incursões destes indo-europeus na região. Semelhante ao que ocorreu com os gregos nos primórdios da sua civilização. A civilização Minóica, Cretense, Fenícia, Egípcia forneceram as bases materiais e culturais àquela civilização em formação. Com os medos e persas não foi diferente. Zoroastro bebeu da fonte. O judaísmo, o cristianismo e o islamismo tiveram influência do zoroastrismo. A ideia de um paraíso (palavra de origem persa para jardim) e do messianismo tem bases na religião persa. O maniqueísmo bastante presente nas religiões judaica, cristã e islâmica, de luta entre o bem e o mal é uma crença fundamental na religião persa. E levando em consideração a pesquisa de que Zaratustra tenha vivido 900 anos antes de sua provável existência. O que Heródoto escreve contrasta com as pesquisas arqueológicas sobre o nascimento do grande profeta persa.
Excelente comentário. Uma pequena correção: Elam estava à sudoeste da Pérsia.
Ótimo
gostei
legal
LEGAL
Acho difícil dizer que influenciaram o Cristianismo, uma vez que os princípios cristãos são apolíticos, transcendentais. Além disso, os pontos de encontro entre as duas religiões não são tão incomuns, até pq a ideia de um reino “altruísta” foi praticamente fundada pelos judeus séculos antes de Zoroastro.