Neste resumo, você vai conhecer o processo que levou à independência das colônias espanholas na América Latina, os motivos, lutas e conflitos e aspectos das independências na América. Ao terminar de ler, confira outros recursos para você aprender mais, como videoaulas, questões, mapas mentais, dentre outros

Antecedentes

Desde que a América foi colonizada, no século XVI, as práticas adotadas pelas metrópoles europeias eram prejudiciais às colônias. Estas práticas, associadas aos princípios do Iluminismo e aos ideais da Revolução Francesa, motivou a busca por independência política das colônias.

A oportunidade para conquista da independência surgiu quando o general francês Napoleão Bonaparte, no início do século XIX, passou a controlar os territórios da Espanha e Portugal. Os movimentos de independência das colônias espanholas foram liderados por descendentes de espanhóis nascidos na América, chamados de criollos.

Os criollos

A sociedade colonial latino-americana era formada por diversas classes que estavam insatisfeitas com a situação em que viviam. Porém, apesar das rebeliões de índios, negros e mestiços, a independência só aconteceu a partir do engajamento dos criollos no movimento.

Os criollos estavam insatisfeitos com o impedimento de exercer cargos políticos, apesar de constituírem elite econômica e cultural. Além disso, muitos criollos haviam estudado na Europa, onde assimilaram as ideias revolucionárias iluministas e pretendiam aplicá-las nos movimentos de libertação das colônias.

Com a independência das colônias espanholas, os criollos poderiam assumir o governo dos novos países e aumentar os seus lucros vendendo diretamente as mercadorias produzidas.

As colônias espanholas

As colônias espanholas que haviam na América foram organizadas em quatro vice-reinos e quatro capitanias gerais. Faziam parte dos vice-reinos a Nova Espanha, Nova Granada, Peru e Rio da Prata.

As capitanias gerais, por sua vez, eram formadas por Guatemala, Cuba, Venezuela e Chile. A maioria se tornou independente nas primeiras décadas do século XIX. As independências que ocorreram no México, na América Central e na América do Sul tiveram características diferentes.

México

O vice-reino da Nova Espanha tornou-se independente com o nome de México. Em 1810, dois padres lideraram o movimento de independência: Miguel Hidalgo e José Maria Morelos. O primeiro foi fuzilado por espanhóis.

O padre Morelos defendia ideias liberais, como a abolição da escravidão, diminuição de impostos e aceitação de colonos em cargos civis e militares. Estes ideias desagradavam a elite criolla, que passou a liderar o movimento. Em 1821, a independência do México foi proclamada pelo general criollo Agustín Iturbide.

América Central

As colônias centro-americanas seguiram o exemplo do México e se tornaram independentes da Espanha. Em 1823, estas colônias formaram a Confederação das Províncias Unidas da América Central.

Em 1838, a Confederação se desmembrou em cinco repúblicas: Nicarágua, Guatemala, Honduras, El Salvador e Costa Rica. A República Dominicana se tornou independente em 1844. Cuba obteve a sua emancipação só no final do século XIX.

No Haiti, uma revolta de escravos tornou este país o primeiro a conquistar a independência, em 1804. Além disso, tornou-se a primeira república negra da história.

América do Sul

Na América do Sul, a independência aconteceu através de dois movimentos liderados por San Martín e Simón Bolívar. San Martín nasceu na Argentina, em 1778. Participou nos movimentos de independência do Chile, Peru e Argentina. Obteve ajuda do comandante inglês Lorde Cochrane, que também lutou na Confederação do Equador, no Brasil.

Vale lembrar que a participação da Inglaterra tinha uma forte motivação econômica, pois a América Latina representava um grande mercado para os produtos ingleses. Simón Bolívar nasceu na Venezuela, em 1783. Apoiou a participação popular nos movimentos e defendeu a abolição da escravidão. Chegou a ser presidente da Grã-Colômbia, formada inicialmente por Colômbia e Venezuela.

Sugeriu a criação da Pátria Grande, uma nação única formada por países como Colômbia, Venezuela e Equador. Porém, a falta de articulação econômica e política entre as colônias espanholas impediu a criação desta grande nação.