Neste resumo, você vai conhecer os principais reis que governaram a Europa durante o período conhecido como Absolutismo. Você vai aprender as características políticas e econômicas do período. Ao terminar de ler, confira outros recursos para você aprender mais, como videoaulas, questões, mapas mentais, dentre outros

Antecedentes

O absolutismo foi uma prática política criada na Europa, a partir do século XV, que defendia o poder total na mão dos reis. No fim da Idade Média, uma aliança entre o rei e a burguesia fez mudar o mapa político europeu.

A burguesia se beneficiou com a existência de uma só língua, uma só moeda e mais segurança nas transações comerciais. O rei também se beneficiou, pois obteve mais dinheiro, exército e poder em suas mãos. Desta aliança, surgiram as monarquias nacionais, territórios unificados sob o comando de um rei com amplos poderes na mão.

A prática econômica do absolutismo foi o Mercantilismo. O governo absolutista interferia muito na economia dos países, buscando desenvolvimento econômico através do acúmulo de riquezas.

Teóricos absolutistas

O poder do rei foi justificado através da ação dos teóricos ou pensadores absolutistas. Estes teóricos defendiam ideias cujo impacto foi tão grande, que funcionavam como marketing político para convencer o povo.

Uma das ideias com grande alcance foi a teoria do Direito Divino dos Reis, que defendia que o poder do rei era sagrado e de origem divina, sendo assim pecado desobedecê-lo. Alguns dos principais teóricos absolutistas foram: Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes, Jacques Bossuet e Jean Bodin.

Maquiavel e Hobbes

Maquiavel foi um diplomata e historiador italiano. Criou a obra O Príncipe, na qual defendia que o monarca deveria utilizar de qualquer meio – lícito ou não – para manter o controle do seu reino. A frase que resume suas ideias é: “Os fins justificam os meios”. A Itália foi uma das últimas regiões unificadas na Europa (1870).

Hobbes foi um matemático e filósofo inglês. Criou a obra Leviatã, na qual discorreu sobre a natureza humana e a necessidade de governos e sociedades. Dizia que o ser humano, no estado natural, é cruel e vingativo, necessitando de um governo forte e centralizado para manter o seu controle. A frase que resume suas ideias é: “O homem é o lobo do homem”.

Bodin e Bossuet

Bodin foi um jurista francês, membro do Parlamento e professor de Direito. Criou a obra “Os Seis livros da República”, em 1576, na qual defendia que a soberania é um poder perpétuo e ilimitado. Sendo assim , as únicas limitações do soberano eram a lei divina e a lei natural. Bodin usava de argumento religioso para justificar o poder do rei, da mesma forma que Bossuet.

Bossuet foi um bispo e teólogo francês. Criou a obra “Política tirada da Sagrada Escritura”, na qual criou o argumento que o governo era divino e os reis recebiam o seu poder de Deus. Assim, desobedecer a autoridade real seria considerado um pecado mortal. Um dos reis que se valeu de suas idéias foi o monarca absolutista Luís XIV.

Luís XIV

Luís XIV foi rei da França entre 1643 e 1715. Devido ao seu poder, ficou conhecido como Rei-Sol. Foi autor da frase “O estado sou eu”, que resume o espírito absolutista da época. Durante o seu reinado, foi construído o luxuoso Palácio de Versalhes, que foi morada da família real francesa a partir de 1683.

Vale lembrar que houve muitos outros monarcas absolutistas na Europa, como: Henrique VIII e Elizabeth I, da Inglaterra; Fernando e Isabel, da Espanha; D. João V, de Portugal, entre outros.