No dia 14 de setembro, lembramos do lançamento da Encíclica Fides et Ratio, pelo papa João Paulo II, em 1998. Este documento, dirigido a bispos e fieis católicos do mundo inteiro, aborda as relações entre a fé e a razão (fides et ratio), que constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade.

João Paulo II assinando a encíclica

Fides et Ratio

A encíclica recorda que a fé a razão foram o objeto de estudos exaustivos por parte de São Tomás de Aquino no século XIII, nomeadamente na sua Suma Teológica. Recorda o trabalho de apropriação pelo Ocidente, dos séculos XIIs e XIII, da filosofia de Aristóteles, um dos maiores filósofos da Grécia Antiga. Segue um trecho na íntegra.

Tanto no Oriente como no Ocidente, é possível entrever um caminho que, ao longo dos séculos, levou a humanidade a encontrar-se progressivamente com a verdade e a confrontar-se com ela. É um caminho que se realizou — nem podia ser de outro modo — no âmbito da autoconsciência pessoal: quanto mais o homem conhece a realidade e o mundo, tanto mais se conhece a si mesmo na sua unicidade, ao mesmo tempo que nele se torna cada vez mais premente a questão do sentido das coisas e da sua própria existência. O que chega a ser objecto do nosso conhecimento, torna-se por isso mesmo parte da nossa vida. A recomendação conhece-te a ti mesmo estava esculpida no dintel do templo de Delfos, para testemunhar uma verdade basilar que deve ser assumida como regra mínima de todo o homem que deseje distinguir-se, no meio da criação inteira, pela sua qualificação de « homem », ou seja, enquanto «conhecedor de si mesmo ».

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