Neste resumo, você vai conhecer sobre a Grécia Antiga, uma das civilizações mais fascinantes e criativas da antiguidade, da qual herdamos a filosofia, a democracia e vários outros aspectos culturais. Ao terminar de ler, confira outros recursos para você aprender mais, como videoaulas, questões, mapas mentais, dentre outros.

Antecedentes

Os gregos desenvolveram uma civilização diferente de outros povos. Isto porque eles eram humanistas, ou seja, se preocupavam com o ser humano, nos mais diferentes aspectos. Até alguns deuses gregos tinham características humanas. Desenvolveram diversas áreas para a compreensão e valorização humana, como a filosofia, a história, a democracia, entre outras.

Chamavam a sim mesmo de Helenos, e seu território, Hélade. Gregos e Grécia foi uma denominação posterior, utilizada pelos romanos. Os gregos chamavam a outros povos de bárbaros.

O relevo montanhoso e as dificuldades de comunicação contribuiu para impedir a unidade política da região. Assim, os gregos se desenvolveram em cidades-Estado, denominadas pólis. A história da Grécia Antiga se divide em cinco períodos: Pré-Homérico, Homérico, Arcaico, Clássico e Helenístico.

Período Pré-Homérico

O Período Pré-Homérico ocorreu entre 2000 a.C e 900 a.C, aproximadamente. Tribos de pastores nômades chegaram à Grécia em sucessivas ondas migratórias. Entre estas tribos estavam os aqueus, jônios, eólios e dórios. Os aqueus desenvolveram a civilização micênica, absorvendo alguns aspectos culturais da civilização minóica.

A civilização minóica se desenvolveu na ilha de Creta, ao sul da Grécia. Seu nome deriva de Minos, como era conhecido o seu rei. Os minóicos são considerados talassocráticos, por terem desenvolvido forte poder marítimo. Considera-se que os complexos palácios de Cnossos, capital cretense, deram origem ao mito do Minotauro.

Período Homérico

O Período Homérico ocorreu entre 900 a.C a 700 a.C, aproximadamente. O nome deriva do poeta Homero, a quem se atribui a criação de dois famosos poemas: Ilíada e Odisseia. Estes poemas deram base para a compreensão deste período. A Ilíada narra a guerra entre Grécia e Troia (Ílion), na Ásia Menor. Por sua vez, a Odisseia narra o retorno de Ulisses (Odisseu) à sua terra natal.

Neste período, a vida na Grécia tinha por base a grande família, denominada Genos. No entanto, o crescimento da população e a falta de terras férteis fez estas comunidades entrarem em crise. Os escravos passaram cada vez mais a fazer parte das atividades econômicas. Surgiram, então, as cidades-Estado, cada uma com organização social e política próprias. Exemplos de cidades-Estado: Atenas, Esparta, Tebas, Corinto, entre outras. Algumas cidades-Estado tinham uma acrópole, que era a parte mais alta, com função estratégia, religiosa e comercial.

Período Arcaico

O Período Arcaico ocorreu entre 700 a.C. a 500 a.C., aproximadamente. Este período foi caracterizado por um grande aumento populacional, que levou a fundação de colônias, como Bizâncio, Siracusa e Nápoles.

Neste período, desenvolveu-se a filosofia, que significa “amor à sabedoria”, uma das maiores contribuições gregas para a civilização ocidental. Além disso, as cidades-Estado se desenvolveram. A aristocracia, com cada vez mais poder, passou a comandar. A política passou por várias transições, até o surgimento da democracia.

Em Atenas, o poder excessivo nas mãos da aristocracia gerou uma crise social e política que só foi contornada no momento em que os legisladores – criadores de leis – entraram em cena.

Legisladores atenienses

Em 621 a.C., o legislador Drácon dedicou-se a elaboração do primeiro conjunto de leis escritas da cidade. Tal medida estabeleceu uma limitação dos poderes até então exercidos pela aristocracia. Entretanto, estas leis não traduziram a demanda pela ampliação dos direitos políticos ao preservar boa parte dos privilégios destinados à elite ateniense.

Em 594 a.C., Sólon estabeleceu um conjunto mais significativo de transformações. Primeiramente, decretou o fim da escravidão por dívidas. Em seguida, dividiu a população em faixas de renda. Porém, mesmo buscando um cenário político mais equilibrado, as reformas de Sólon foram desconsideradas pelos governos tirânicos que ascenderam com o apoio popular.

Somente em 507 a.C., as reformas de Sólon foram retomadas pela ação do legislador Clístenes, fundamental na consolidação da democracia ateniense.

Democracia

A democracia grega era limitada a uma parcela da população: apenas homens livres adultos eram considerados cidadãos. Mulheres, crianças, escravos e estrangeiros não eram considerados cidadãos. Logo, não podiam votar. A votação era feita na ostraka, ou conchas. As leis, ou assuntos relativos a votação, variavam. Denominava-se ostracismo o ato de exilar indivíduos através do voto na ostraka.

A democracia grega era denominada direta, pois o cidadão votava direto nas leis. Nossa democracia é denominada representativa, pois votamos em representantes que, por sua vez, votam nas leis. Vale ressaltar que, geralmente, os participantes das assembleias pertenciam a grupos de elite, com grande número de escravos.

Período Clássico

O Período Clássico ocorreu entre 500 a.C. e 338 a.C., aproximadamente. É considerado, por alguns historiadores, a “Idade do Ouro” da civilização da Grécia Antiga. Neste período, algumas cidades-Estado se uniram para enfrentar os persas, nas guerras médicas. No fim, os gregos saíram vitoriosos.

Por ter liderado os gregos na vitória contra os persas, Atenas se tornou uma das cidades-Estado mais importantes da Grécia. Reuniu outras cidades sob sua influência, através da Liga de Delos. Atenas e Esparta, por suas diferenças, acabaram entrando em conflito, na chamada Guerra do Peloponeso. Desta guerra, Esparta saiu vitoriosa.

Atenas e Esparta

Haviam grandes diferenças entre a organização social e política de Atenas e Esparta, duas das maiores cidades-Estado da Grécia Antiga. Atenas era uma cidade de navegadores, agricultores, filósofos e artistas. Foi o berço da democracia grega. Esparta, por outro lado, era uma cidade militarista e aristocrática.

A educação, em Atenas, tinha como objetivo a formação completa do homem, nos aspectos físico, intelectual e artístico. Em Esparta, a educação tinha como objetivo dar a cada indivíduo a perfeição física, coragem e disciplina para que se tornasse um soldado ideal.

Período Helenístico

O Período Helenístico ocorreu entre 338 a.C. e 30 a.C., aproximadamente. Após a Guerra do Peloponeso, a Grécia continuou agitada por causa de lutas internas. Filipe, rei da Macedônia, aproveitando-se disso, dominou toda a Grécia.

Seu filho, Alexandre Magno, continuou as conquistas, construindo um rápido e vasto império, que se estendeu até a Índia. Morreu aos 33 anos de idade. Suas conquistas ajudaram a difundir a cultura grega para o oriente. Esta fusão entre a cultura grega e oriental é denominada helenismo.