Nesta postagem sobre As rãs mutiladas de Luigi Galvani, você vai entender como o cientista italiano Luigi Galvani utilizou rãs mutiladas para compreender a relação entre o sistema nervoso e o movimento muscular.

As informações e imagem foram extraídas do livro A HISTÓRIA DA PSICOLOGIA, de Anne Rooney.

Em Darwin, Macacos e a Psicologia Comparada, vimos que a teoria da seleção natural de Charles Darwin fez desaparecer as diferenças biológicas fundamentais entre homens e animais, possibilitando avanços na psicologia comparada.

A utilização de animais em estudos científicos fazem parte da história da psicologia. Animais como gatos, coelhos e ratos já foram utilizados em grandes experimentos sobre o uso do cérebro e comportamento. Mas alguns cientistas utilizaram rãs para descobrir a conexão entre o sistema nervoso e as reações musculares.

As rãs mutiladas

Antes mesmo de Galvani, um fisiologista holandês, Jan Swammerdan (1637-1680), já havia feito experimentos com rãs. Através delas, Swammerdan chegou a conclusão que o cérebro é responsável pelo movimento, não o coração. E foi mais além, demonstrou que o movimento pode ocorrer mesmo sem a presença do cérebro.

As rãs mutiladas de Luigi Galvani

Experiências em eletrofisiologia com rãs mutiladas.

Para fazer isso, o fisiologista retirou o cérebro de uma das rãs e a fez nadar por reação motora. Através de um pequeno choque elétrico, fez contrair os músculos de uma perna removida de outra rã. Assim, Swammerdan conseguiu fazer uma conexão entre estímulo e reação através da ação dos nervos.

Esta pesquisa, ao tratar da relação entre estímulo e resposta, tornou-se uma das bases da psicologia behaviorista.

A ionização dos fluídos

Vale ressaltar que Swammerdan não conseguiu explicar como os nervos transmitiam informações. Coube ao cientista italiano Luigi Galvani (1737-1798) avançar mais nas pesquisas sobre o sistema nervoso central. E, para isso, Galvani continuou os experimentos com rãs.

Galvani estava removendo a pele de uma rã morta que foi utilizada para pesquisas de eletricidade estática. Neste momento, um dos assistentes aplicou pequeno choque em um dos nervos do animal. A perna se contraiu como se o animal estivesse vivo.

O cientista italiano continuou observando a passagem da corrente elétrica pelos músculos da rã e chegou a conclusão que o movimento muscular ocorria devido a ionização dos fluídos no corpo. Esta é considerada uma das mais importantes descobertas da neurologia.