As manifestações populares que estamos vivenciando nos últimos dias vêm mobilizando milhares de pessoas em todo o país. O início foi marcado pelo protesto contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo, mas adquiriu proporções bem maiores, apesar de ainda não termos uma visão abrangente dos motivo destas manifestações.
De qualquer forma, protestos contra o aumento de tarifas nos transportes coletivos não são novidades na história do Brasil. Nesta postagens, vamos conhecer 5 protestos contra aumento de tarifas no Brasil.
1. Revolta do Vintém
A Revolta do Vintém foi um protesto que ocorreu entre 1879 e 1880 nas ruas do Rio de Janeiro, capital do império brasileiro, contra a cobrança de vinte réis, ou seja, um vintém, nas passagens dos bondes. Este aumento foi instituído pelo ministro da fazenda Afonso Celso de Assis Figueiredo, o futuro Visconde de Ouro preto. O protesto mobilizou em torno de 5 mil pessoas. Aos gritos de “fora o vintém!”, a população espancou os condutores, esfaqueou os burros, virou os bondes e arrancou os trilhos ao longo da Rua Uruguaiana. A estatística de feridos e mortos não é precisa, estima-se entre 15 a 20 feridos e entre 3 a 10 mortos. O ministério, desgastado foi substituído e o novo ministério revogou o aumento de preço.
2. Greve da Meia Passagem
A Greve da Meia Passagem foi uma greve estudantil que ocorreu em 1979, em São Luís (Maranhão) visando a adoção de meia passagem para estudantes. O início da greve ocorreu quando o então prefeito da cidade, Mauro Fecury, apresentou a proposta de um terceiro aumento consecutivo da passagem em apenas um ano. Na ocasião, estudantes da Universidade Federal do Maranhão entraram em greve e foram reprimidos ao sair em passeata para o centro da cidade. A greve foi marcada por forte repressão policial às passeatas e assembleias, mas apesar disso conseguiu a adoção de outros estudantes e setores da sociedade.
3. Revolta do Buzu
A Revolta do Buzu é o nome de um documentário de Carlos Pronzato, inspirado em revolta popular que ocorreu em Salvador (Bahia), em 2003. Na ocasião, milhares de jovens, estudantes e trabalhadores fecharam as vias públicas, protestando contra o aumento das tarifas em transportes coletivos na cidade. Durante 10 dias, a cidade ficou paralisada. As mobilizações tiveram fim quando entidades estudantis, como a UNE e UJS, colocaram-se como líderes das mobilizações e tentaram uma negociação na prefeitura. No entanto, a principal reivindicação dos manifestantes – a diminuição do preço da passagem – não foi atendida e o aumento continuou em vigor.
4. Revolta da Catraca
Revolta da Catraca foi o nome atribuído a uma mobilização na cidade de Florianópolis (Santa Catarina) contra o aumento das tarifas de ônibus urbanos. A manifestação fechou o acesso à cidade, nos anos de 2004 e 2005. O movimento desestabilizou os políticos da capital catarinense e até hoje é citado em movimentos grevistas. Na ocasião, o estudante Marcelo Pomar, militante do Movimento Passe Livre – que levanta a bandeira da tarifa zero em transportes coletivos – foi preso e acusado de liderar a revolta. Até hoje ele está sendo processo pelo Tribunal de Justiça, sob acusação de incitar linchamentos.
5. Revolta dos Vinte Centavos
A recente mobilização, por enquanto chamada de Revolta dos Vinte Centavos, iniciou com a declaração do aumento em R$ 0,20 no preço da passagem de ônibus na cidade de São Paulo e ficou marcada pela truculência policial nos primeiros dias de manifestações. Em pouco tempo, as manifestações atingiram outras cidades brasileiras, inclusive com apoio em cidades estrangeiras, como Londres e Paris. Ainda é cedo para compreender as motivações dos protestos, mas algumas pessoas associam-nas com os altos custos da Copa do Mundo, a corrupção que corrói as instituições políticas, econômicas e sociais no país, a impunidade, dentre outros motivos. De qualquer forma, os manifestantes insistem em dizer que “não é apenas por causa de R$ 0,20”.
Acho que o que importa é que a população inicio esse processo de desenvolvimento que fez o Brasileiro não acordar, mas sim sair da sua zona de conforto e falar reclamar seus direitos,mas de toda for os protestos de 2013 se iniciaram em Natal-Rn isso e um fato cronológico !
Revolta do Vintém: O que os burros tinham culpa para serem esfaqueados? Povo ignorante. Burros foram os que esfaquearam!
uma coisa e errada ai a REVOLTA DO BUZU foi um documentario de Carlos Pronzato e Marco Ribeiro!
Mas estou citando o documentário na postagem, Paulo. Leia novamente.
Michel Goulart, concordo que esse não é o foco do post mais é importante deixar claro a origem das manifestações que foi em Porto Alegre como a Maythe e o Douglas disseram.
As manifestações da “Revolta dos 20 centavos” começaram em Porto Alegre e não em São Paulo
Todo mundo reivindica o ínicio da revolta para sua cidade. De Natal para Porto Alegre. A questão é que as manifestações se espalharam a partir de SP
As manifestações não se espalharam a apartir de São Paulo, oq ue aconteceu é que elas apenas ganharam repercussão da mídia depois que alcançaram a terra da garoa. Mas não dá pra malhar uma descrição de um evento tão complexo feita em um parágrafo.
Professor, eu acho que o senhor deveria rever suas fontes, pois as primeiras manifestações ocorreram em Porto Alegre e não em sp. Tanto que no primeiro protesto organizado em São Paulo tinha um placa dizendo “VAMOS IMITAR PORTO ALEGRE”.
Hummm, mas não é este o foco do post
sei, sei, mais o que eu digo é essa quebradeira que alguns estão fazendo. e conversando com amigos notei que tem muitos indignados com essa atitude de algumas pessoas, mais as vezes fico me perguntando será se só o motivo deles irem para rua já seria o suficiente para que suas reivindicações fossem atendidas.
professor, na sua opinião qual o motivo de tamanha desordem, nos protestos que estão acontecendo em nosso país? e outra coisa é preciso de um pouco de radicalismo para que as reivindicações da população seja atendida.pois não sei se teve atos radicais mais na revolta do buzu as reivindicações dos manifestantes não foram atendidas.
Não é desordem, o povo foi para as ruas protestar, ainda que o motivo dos protestos ainda não seja claros.