Para muitos, a Páscoa é a comemoração de um feriadão combinado com deliciosos chocolates. Para outros, um período de reflexão ligado a fatos ou eventos religiosos. A verdade é que a Páscoa possui uma forte tradição judaico-cristã, combinada a elementos de comemorações pagãs de culturas muito antigas. É o caso da figura do coelhinho e dos ovos de páscoa. Conheça 15 Fatos Incríveis sobre a História da Páscoa e os Seus Símbolos.

História da Páscoa

Ovo Fabergé banhado a ouro

– A Páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu por três dias, até sua ressurreição. Neste caso, comemora-se a passagem da morte para vida. É o dia santo mais importante da religião cristã.

– A palavra Páscoa vem do hebraico Pessach, que significa Passagem. A Páscoa judaica, celebrada por oito dias, comemora o êxodo dos israelitas do Egito, ou seja, a “passagem” da escravidão para a liberdade. Um ritual de transição, assim como a “passagem” de Cristo, da morte para a vida.

– Os termos “Easter” e “Ostern” (em inglês e alemão, respectivamente) parecem não ter qualquer relação etimológica com o Pessach (Páscoa). As hipóteses mais aceitas relacionam os termos com Estremonat, nome de um antigo mês germânico, ou de Eostre, uma deusa germânica relacionada com a primavera.

– O ovo aparece em muitas tradições antigas como um símbolo da vida, ou do início dela. Civilizações não-cristãs utilizaram o ovo, inclusive decorado para comemorar o equinócio da Primavera e a Vida. Na história da Páscoa, o cristianismo absorveu e adaptou a tradição, mesclando-a com seus rituais.

– Os Ovos Fabergé tiveram origem na Rússia, em 1895. O Czar Alexandre III procurava por um presente de Páscoa para sua esposa, entrando em contato com o joalheiro Peter Carl Fabergé.  Foi feito então um ovo folheado a ouro que se abria, revelando uma gema dourada, contendo uma pequena galinha de ouro com olhos de rubi.

História da Páscoa

Pessoas dançando próximo ao grande Ovo de Vegreville

– A prática de decorar os ovos pode ser traçada desde os antigos cristãos da Grécia e Síria, que trocavam os ovos tingidos de vermelho carmim para representar o sangue de Cristo. Hoje em dia os ovos são enfeitados das mais diferentes formas e estilos.

– O maior ovo de páscoa do mundo foi construído na cidade de Vegreville, em Alberta, no Canadá, em comemoração ao centenário da formação da Real Polícia Montada Canadense. O ovo tem nove metros e é uma pêsanka, feita de alumínio permanente anodizado em dourado, prateado e bronze.

– Na Inglaterra, durante a Idade Média, o rei Eduardo I tinha o hábito de banhar ovos em ouro e oferecer de presente durante a Páscoa a amigos e aliados. No século XVIII, os franceses começaram a fazer ovos de chocolate, tornando-se este um símbolo da história da Páscoa.

– De acordo com lendas, um antigo professor nas Bermudas precisava de uma maneira simples mas efetiva de demonstrar a ascensão de Cristo ao Paraíso, e usou uma pipa decorada com a imagem de Jesus para ilustrar o conceito aos seus alunos. Como resultado, na Sexta Feira Santa as pipas são uma tradição na ilha.

– A tradição de alegria assume características um pouco menos compatíveis com o ideal cristão de compaixão e perdão na Queima de Judas, mais comum na América Latina e Grécia, porém não tão popular nas demais nações cristãs do mundo. Neste ritual, um boneco representando Judas é espancado ou queimado.

História da Páscoa

Representação da deusa da primavera Eostre

– Explicações para a figura pitoresca do coelhinho geralmente estão ligadas ao antigo festival anglo-saxão da deusa da primavera, Eostre, cujo símbolo era um coelho, ligado à fertilidade. A figura do coelhinho acabou se incorporando como um dos grandes símbolos da história da Páscoa.

– A tradição do coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães por volta de 1700, no contexto da colonização do continente americano. Osterhase, o coelho, traria ovos coloridos na Páscoa para as crianças, escondendo para que elas encontrassem depois.

– Os cristãos ortodoxos na Etiópia celebram a Páscoa de uma a duas semanas após a igreja ocidental, sendo que às vezes as datas coincidem. A Fasika (Páscoa) tem oito dias de jejum de carne e laticínios. Diferente da tradição ocidental, que estimula geralmente o consumo.

– Na Suécia e partes da Finlândia, um mini Halloween acontece na quinta ou sábado antes da Páscoa. Garotinhas se vestem de bruxa, com trapos e roupas velhas e vão de porta em porta pedir doces. Nos Estados Unidos e outros países, esta tradição ocorre no mês de outubro.

– Na Índia, os hindus têm um festival chamado Holi. É o momento em que toda a população de religião hindu se reúne para lembrar, dançando e tocando flautas, como o deus Krishna apareceu. É costume que o dono da casa marque a testa de seus convidados com um pó colorido.